Sendo uma planta delicada, desenvolve-se melhor à sombra ou se plantada na horta, com exposição para leste, recebendo sombra à tarde. Aprecia solo humoso e fértil, bem drenado.
A propagação pode ser feita por sementeira para posterior transplante, mas como raramente surgem flores, o método mais usado de propagação é a estacaria.
Para propagar a erva cidreira através de estacaria, deve cortar os ramos jovens e plantá-los em cultivo coletivo em caixotes ou bandejas com substrato leve do tipo casca de arroz máscaras faciais, loções de beleza e perfumes.
Na culinária, a erva cidreira é acrescentada a carnes, saladas, marinadas, verduras, geleias, pudins, guarnições, vinagres, licores (Beneditino e Chartreuse). Neste caso, ao contrário dos chás, é privilegiado o uso de folhas frescas, consideradas mais saborosas.
Cidreira
Melissa officinalis
A erva cidreira é uma planta perene herbácea da família da menta, da hortelã e do boldo (Lamiaceae).
O seu sabor e aroma característicos, frutado, de limão, principalmente nas folhas, deriva do seu óleo essencial do grupo dos terpenos (principalmente monoterpenos: carvacrol, p-cimeno, citral - geraniol e nerol - cânfora, etc.).
De pequenas folhas verdes com pontas arredondadas, a erva cidreira floresce no final do Verão.
As suas flores de pequenas dimensões e cor esbranquiçada ou róseas atraem as abelhas, daí o seu nome científico, Melissa, que provém do grego e significa "abelha".
Nas regiões temperadas, os caules secam durante o Inverno, rejuvenescendo na primavera.
Esta planta pode atingir uma altura de cerca de 50 cm.
O uso da erva-cidreira é muito antigo, tendo inclusivamente referências na literatura, nomeadamente na Odisseia, de Homero.
A autora Rosy L. Bornhausen enumera uma elevada quantidade de usos para a erva, tanto domésticos como mágicos, pois está envolvida em muitas superstições. Esta autora conta que a erva-cidreira era a planta preferida dos árabes e que estes a usavam como medicamento e alimento. Durante a colonização dos Estados Unidos, era o chá preferido das inglesas saudosas da sua terra e um remédio para o dia-a-dia.
A cultura popular atribui a esta planta o poder de fortalecer o amor e ajudar as pessoas a encontrá-lo.
Possui uma grande lista de propriedades benéficas para a saúde, mas a mais conhecida talvez seja a calmante. O citral, um dos principais componentes do seu óleo essencial, é o responsável pela ação sedativa da erva cidreira.
A erva cidreira é um hipotenso moderado que pode diminuir palpitações do coração. O seu óleo essencial atua na parte do cérebro que controla o sistema nervoso autónomo e protege o cérebro de receber estímulos externos excessivos.
O chá de cidreira, além de relaxar e induzir a pessoa ao sono, é indicado para o tratamento da ansiedade, depressão, epilepsia, perturbações nervosas, insónias, histeria, enxaqueca, hipocondria, vertigem e outros distúrbios.
O chá de erva-cidreira, ao mesmo tempo que traz benefícios para o sistema nervoso, possui ainda propriedades medicinais carminativas que beneficiam o sistema digestivo, combatendo vários distúrbios intestinais, como flatulência e cólicas.
Na medicina alternativa, é usada em compressas para inchaços e aplicada a eczema e dores de cabeça. É utilizada ainda em forma de erva de banho e em óleos de massagem, máscaras faciais, loções de beleza e perfumes.
Na culinária, a erva cidreira é acrescentada a carnes, saladas, marinadas, verduras, geleias, pudins, guarnições, vinagres, licores (Beneditino e Chartreuse). Neste caso, ao contrário dos chás, é privilegiado o uso de folhas frescas, consideradas mais saborosas.